A Cesárea é um procedimento cirúrgico no qual o bebê é retirado do útero através de uma incisão no abdômen e no útero da mãe. A decisão de realizar uma cesárea pode ser planejada antecipadamente (cesárea eletiva) ou pode ser necessária em situações de emergência durante o trabalho de parto. Saiba mais no artigo!

Técnica de realização da Cesárea

Abaixo estão as etapas típicas da realização de uma cesárea:

  1. Preparação da Paciente: A paciente é levada para a sala de operações e recebe uma avaliação final antes do procedimento. São colocados monitores para monitorar a frequência cardíaca, pressão arterial e outros sinais vitais.
  2. Anestesia: A anestesia é administrada para garantir que a mãe não sinta dor durante a cirurgia. Geralmente, é utilizada a anestesia epidural ou a raquidiana, que anestesia a região da cintura para baixo.
  3. Preparação Cirúrgica: A área abdominal é limpa e esterilizada. O cabelo na região da incisão pode ser raspado, e a mãe é coberta por campos estéreis, deixando apenas a área da incisão exposta.
  4. Incisão Abdominal: O cirurgião faz uma incisão na parede abdominal, geralmente horizontalmente na parte inferior do abdômen, logo acima da linha do púbis. Em algumas situações, pode ser usada uma incisão vertical.
  5. Acesso ao Útero: Após a incisão abdominal, o cirurgião acessa o útero. Uma segunda incisão é feita no útero para permitir a retirada do bebê.
  6. Retirada do Bebê: O bebê é cuidadosamente retirado do útero através da incisão. A equipe médica realiza os procedimentos necessários para garantir a saúde do recém-nascido.
  7. Clampeamento do Cordão Umbilical: O cordão umbilical é clampeado e cortado.
  8. Remoção da Placenta: A placenta é removida do útero.
  9. Sutura: O útero e a parede abdominal são suturados em camadas. A sutura interna do útero é geralmente feita com pontos absorvíveis.
  10. Monitoramento Pós-Cirúrgico: A mãe é levada para a sala de recuperação, onde sua condição é monitorada. A equipe médica continua a administrar qualquer medicação necessária para alívio da dor e prevenção de infecções.
  11. Cuidados Pós-Operatórios: Após a cirurgia, são fornecidas instruções sobre cuidados pós-operatórios, incluindo limitações de atividade, cuidados com a incisão e acompanhamento médico.

É importante notar que as etapas exatas podem variar com base na situação clínica específica e nas práticas do hospital ou da equipe médica. O procedimento de cesárea é considerado seguro, mas como qualquer cirurgia, envolve riscos e benefícios que devem ser discutidos entre a paciente e a equipe médica.

Quando a Cesárea é realizada?

A “cesárea” é realizada em diversas situações, podendo ser planejada antecipadamente (cesárea eletiva) ou necessária em situações de emergência durante o trabalho de parto. As indicações para uma cesárea podem variar e são baseadas em considerações médicas específicas. Abaixo estão algumas das razões comuns para a realização de uma cesárea:

Cesárea Planejada (Eletiva):

  • Posição do Feto: Se o feto está em uma posição que dificulta a entrega vaginal segura, como a posição pélvica.
  • Gestação de Gêmeos ou Múltiplos: Em gestações múltiplas, a cesárea pode ser considerada para reduzir os riscos associados ao parto vaginal.
  • Problemas Médicos Pré-existentes: Algumas condições médicas pré-existentes da mãe podem tornar a cesárea uma opção mais segura do que o parto vaginal.
  • Cirurgias ou Condições Uterinas Anteriores: Se a mulher teve uma cesárea anterior ou outras cirurgias uterinas, pode ser mais seguro optar por uma cesárea em gestações subsequentes.

Cesárea de Emergência:

  • Sofrimento Fetal: Se há sinais de sofrimento fetal, indicando que o bebê precisa ser entregue rapidamente para evitar complicações.
  • Problemas com a Placenta: Placenta prévia (quando a placenta cobre o colo do útero) ou descolamento prematuro da placenta.
  • Trabalho de Parto Prolongado ou Falhado: Se o trabalho de parto não está progredindo adequadamente ou se ocorre uma falha na indução do trabalho de parto.
  • Problemas com a Apresentação do Feto: Se o feto está em uma posição que pode levar a complicações, como ombro travado.
  • Infecção ou Outras Complicações: Se há risco de infecção intrauterina, hemorragia excessiva ou outras complicações graves.
  • Razões Maternas: Condições médicas emergenciais da mãe, como pré-eclâmpsia grave.

Recomendação Médica:

A decisão de realizar uma cesárea é feita com base em uma avaliação cuidadosa da situação clínica da mãe e do bebê. Em algumas situações, a cesárea é a opção mais segura para garantir a saúde e o bem-estar de ambos. No entanto, é importante notar que cada gestação é única, e a decisão de realizar uma cesárea deve ser feita em consulta com os profissionais de saúde, considerando as circunstâncias específicas de cada caso.

Cesárea em caso de complicações e agravos

Em casos de complicações e agravos durante a gravidez, o trabalho de parto ou o parto vaginal, a CESÁREA pode ser uma alternativa considerada para garantir a segurança da mãe e do bebê. A decisão de realizar uma cesárea nessas situações é baseada na avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios, com o objetivo de prevenir complicações mais graves e proteger a saúde de ambos.

Algumas situações em que a cesárea pode ser considerada para prevenir complicações e garantir a segurança incluem:

  • Sofrimento Fetal: Se há sinais de sofrimento fetal, como alterações nos batimentos cardíacos do bebê, a cesárea pode ser realizada para a entrega rápida e redução do risco de danos ao feto.
  • Problemas com a Placenta: Em casos de placenta prévia (quando a placenta cobre o colo do útero) ou descolamento prematuro da placenta, a cesárea pode ser indicada para evitar hemorragias graves.
  • Problemas com a Apresentação do Feto: Se o feto está em uma posição que pode levar a complicações durante o parto vaginal, como ombro travado, a cesárea pode ser realizada para evitar lesões.
  • Trabalho de Parto Prolongado ou Falhado: Se o trabalho de parto não está progredindo adequadamente, ou se ocorre uma falha na indução do trabalho de parto, a cesárea pode ser uma alternativa para evitar complicações associadas ao parto prolongado.
  • Razões Maternas: Em situações de emergência médica para a mãe, como pré-eclâmpsia grave, hemorragias ou outras condições que representem risco significativo à saúde materna.

A decisão de realizar uma cesárea nessas circunstâncias é geralmente feita em consulta entre a equipe médica e a paciente, levando em consideração a situação clínica específica, a saúde da mãe e do bebê, além das preferências da mulher, sempre que possível. O objetivo principal é garantir a segurança de ambos durante o processo de nascimento.

O que avaliar na escolha do parto?

A escolha do tipo de parto é uma decisão importante que deve ser cuidadosamente considerada pelas gestantes. A decisão é influenciada por vários fatores, incluindo a saúde da mãe, a saúde do feto, experiências anteriores de parto, preferências pessoais e as orientações médicas. Aqui estão alguns aspectos a serem avaliados ao tomar a decisão sobre o tipo de parto:

  1. Saúde Materna: Avaliar a saúde geral da mãe, incluindo condições médicas pré-existentes, histórico de cirurgias abdominais, presença de condições como diabetes ou hipertensão, e a capacidade do corpo para suportar o trabalho de parto.
  2. Saúde do Feto: A saúde e a posição do feto são considerações críticas. Algumas condições médicas do feto podem influenciar a escolha do tipo de parto. A apresentação do feto (como cefálica, pélvica ou transversa) também é um fator importante.
  3. Experiências Anteriores de Parto: Se a mulher teve experiências anteriores de parto, é importante considerar como foram essas experiências. Se houve complicações, cirurgias ou eventos traumáticos, esses fatores podem influenciar a escolha.
  4. Indicações Médicas: Avaliar se há indicações médicas específicas para um tipo de parto. Algumas condições médicas podem exigir a realização de uma cesárea para garantir a segurança da mãe e do bebê.
  5. Riscos e Benefícios: Discutir e compreender os riscos e benefícios associados a cada tipo de parto. Cada opção tem vantagens e desvantagens, e é importante pesar esses fatores em relação às circunstâncias individuais.
  6. Preferências Pessoais e Culturais: As preferências pessoais da mulher, suas expectativas em relação ao parto e fatores culturais podem desempenhar um papel significativo na decisão. Algumas mulheres têm preferências específicas com base em suas crenças e valores.
  7. Parto Normal (Vaginal) vs. Cesárea:
    • Parto Normal: Avaliar a disposição da mulher para um parto vaginal, levando em consideração a confiança no processo natural de parto e a preferência por uma recuperação potencialmente mais rápida.
    • Cesárea: Avaliar a disposição da mulher para uma cesárea, considerando fatores como medo do parto vaginal, experiências anteriores, ou indicações médicas que favorecem esse método.
  8. Acompanhamento Médico:A consulta e o acompanhamento com profissionais de saúde são essenciais. A equipe médica pode fornecer informações específicas sobre o estado de saúde da gestante, as condições do feto e orientações personalizadas.
  9. Compreensão das Opções Disponíveis: A gestante deve estar bem informada sobre as opções disponíveis, os procedimentos envolvidos em cada tipo de parto, e os possíveis desdobramentos.

A escolha do tipo de parto deve ser uma decisão informada e individualizada, levando em conta as necessidades e circunstâncias específicas de cada gestação. O diálogo aberto com a equipe médica é crucial para garantir que todas as informações relevantes sejam consideradas antes de tomar uma decisão.

A Dra. Isabela Sanches é ginecologista e obstetra e realiza a Cesárea, com uma abordagem cuidadosa. Entre em contato e agende sua consulta!