A Histerectomia é um procedimento cirúrgico no qual o útero é removido total ou parcialmente. É uma das cirurgias ginecológicas mais comuns e é realizada por várias razões médicas, como tratamento de condições ginecológicas graves, doenças uterinas, câncer, sangramento uterino anormal, miomas uterinos, endometriose, prolapso uterino, entre outros problemas de saúde. Saiba mais!
O que é a Histerectomia?
Existem diferentes tipos de histerectomia, que variam de acordo com a extensão da remoção do útero e, em alguns casos, a remoção de estruturas adjacentes. Os principais tipos incluem:
- Histerectomia total: Neste procedimento, o útero e o colo do útero são completamente removidos.
- Histerectomia subtotal ou parcial: Envolve a remoção apenas da parte superior do útero, mantendo o colo do útero intacto.
- Histerectomia radical: Além da remoção do útero, também pode envolver a remoção de estruturas adjacentes, como parte da vagina, trompas de falópio e, às vezes, os ovários, principalmente no caso de câncer.
A histerectomia pode ser realizada de diferentes maneiras, como por via abdominal (com uma incisão no abdômen), laparoscópica (usando instrumentos cirúrgicos pequenos inseridos através de pequenas incisões) ou por via vaginal (sem incisão no abdômen).
É importante entender que a histerectomia é um procedimento irreversível e, após a cirurgia, a mulher não será mais capaz de engravidar. Antes de considerar uma histerectomia, é crucial discutir todas as opções de tratamento com um médico especializado, considerando os riscos, benefícios e possíveis consequências desse procedimento.
Como a Histerectomia é realizada?
A “histerectomia” pode ser realizada por diferentes métodos cirúrgicos, dependendo da situação clínica da paciente, das condições específicas e da preferência do médico. Os principais métodos incluem:
- Via Abdominal: Neste método, é feita uma incisão no abdômen para acessar o útero e removê-lo. Pode ser utilizada uma incisão horizontal (incisão bikini) na parte inferior do abdômen ou uma incisão vertical, dependendo do caso. A histerectomia abdominal é geralmente realizada em casos mais complexos ou quando outros métodos não são viáveis.
- Via Vaginal: Na histerectomia vaginal, o útero é removido através da vagina, sem a necessidade de incisões no abdômen. Isso é feito quando o útero é pequeno o suficiente para ser retirado por essa via e quando não há complicações adicionais.
- Laparoscopia: A histerectomia laparoscópica é realizada por meio de pequenas incisões no abdômen, onde são inseridos instrumentos cirúrgicos e uma câmera para visualizar e remover o útero. Esse método é menos invasivo do que a cirurgia abdominal tradicional e pode resultar em menor tempo de recuperação e menos dor pós-operatória.
Independente do método utilizado, o procedimento cirúrgico envolve a remoção do útero, podendo incluir o colo do útero e outras estruturas adjacentes, dependendo do tipo de histerectomia necessário para o tratamento da condição específica da paciente.
O tipo de histerectomia e o método cirúrgico escolhido são determinados pelo médico com base na condição clínica da paciente, tamanho do útero, histórico médico e outras considerações individuais. É fundamental discutir detalhadamente com o médico todas as opções de tratamento e os possíveis procedimentos cirúrgicos, entendendo os riscos, benefícios e implicações de cada um deles antes de tomar uma decisão.
Quando a Histerectomia é indicada?
A HISTERECTOMIA é indicada em várias situações clínicas em que outras formas de tratamento não foram eficazes ou são inadequadas para resolver problemas ginecológicos graves. Algumas das indicações comuns para uma histerectomia incluem:
- Miomas uterinos: Quando os miomas são grandes, causam sintomas graves como sangramento abundante, dor pélvica, pressão na bexiga ou intestinos, e não respondem a outras formas de tratamento.
- Prolapso uterino: Em casos graves de prolapso uterino, onde o útero desce para a vagina, causando desconforto significativo e interferindo na qualidade de vida.
- Câncer ginecológico: Para o tratamento de câncer de útero, câncer de colo do útero, câncer de ovário ou outras condições malignas, a histerectomia pode ser parte do tratamento para remover o tecido canceroso.
- Endometriose severa: Quando a endometriose causa dor crônica intensa, sangramento anormal ou não responde a outras formas de tratamento.
- Sangramento uterino anormal: Em casos graves de sangramento uterino anormal que não respondem a outros tratamentos e impactam negativamente a qualidade de vida da paciente.
- Adenomiose: Uma condição na qual o tecido que normalmente reveste o útero cresce na parede muscular do útero, causando dor e sangramento intenso.
- Complicações relacionadas à gravidez: Em casos raros, complicações graves durante ou após o parto podem levar à necessidade de uma histerectomia para controlar sangramento excessivo ou outras emergências médicas.
A decisão de realizar uma histerectomia é individualizada e baseada na condição médica específica da paciente, histórico médico, opções de tratamento disponíveis e preferências pessoais. Antes de considerar uma histerectomia, é importante discutir todas as opções de tratamento com um médico especializado para entender os riscos, benefícios e implicações desse procedimento.
A menstruação cessa após a Histerectomia?
Sim, após a histerectomia, a menstruação cessa permanentemente, pois o útero é removido durante o procedimento. Uma histerectomia é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção parcial ou total do útero, e em alguns casos, pode também envolver a remoção do colo do útero e/ou outras estruturas adjacentes.
Sem o útero, não há mais local para o revestimento uterino (endométrio) se desenvolver e ser expelido mensalmente durante o ciclo menstrual. Portanto, após uma histerectomia, a mulher não terá mais períodos menstruais regulares ou qualquer sangramento vaginal relacionado ao ciclo menstrual.
Vale ressaltar que, se os ovários forem preservados durante a histerectomia, a mulher ainda pode continuar a produzir hormônios sexuais, como estrogênio e progesterona, e, consequentemente, experimentar sintomas da menopausa em algum momento, embora não tenha mais menstruações. Se ambos os ovários forem removidos durante a histerectomia (ooforectomia bilateral), a mulher entrará abruptamente na menopausa cirúrgica, com sintomas mais intensos da menopausa.
É importante discutir com o médico todos os aspectos da histerectomia, incluindo o impacto na menstruação, os efeitos colaterais e quaisquer consequências para a saúde geral e bem-estar após o procedimento.
O que deve ser considerado perante a necessidade de fazer histerectomia?
A decisão de realizar uma histerectomia é uma escolha importante e deve ser cuidadosamente considerada, levando em conta diversos aspectos. Aqui estão alguns pontos a serem considerados ao avaliar a necessidade de fazer uma histerectomia:
- Diagnóstico e condição médica: Compreender completamente a condição médica que está sendo tratada e avaliar se a histerectomia é a opção mais adequada para resolver o problema de saúde.
- Explorar outras opções de tratamento: Discutir com o médico outras opções de tratamento disponíveis para a condição, como terapias hormonais, medicamentos, procedimentos menos invasivos ou terapias alternativas.
- Riscos e benefícios: Compreender os riscos e benefícios da histerectomia, incluindo complicações potenciais, tempo de recuperação, impacto na vida sexual, possíveis efeitos a longo prazo na saúde e qualidade de vida após o procedimento.
- Impacto na fertilidade e menopausa: Entender que a histerectomia resultará na cessação permanente dos períodos menstruais e na impossibilidade de engravidar. Se os ovários forem removidos, isso pode resultar em sintomas de menopausa imediatos.
- Aspectos emocionais e psicológicos: Considerar o impacto emocional e psicológico da histerectomia, como lidar com a perda do útero e possíveis implicações na autoimagem, identidade feminina e bem-estar emocional.
- Consequências a longo prazo: Avaliar como a histerectomia pode afetar a saúde geral a longo prazo, incluindo possíveis alterações hormonais, riscos para a saúde óssea e cardiovascular, entre outros.
- Discussão com o médico: Ter uma conversa aberta e completa com o médico sobre todas as preocupações, dúvidas e expectativas em relação à histerectomia, garantindo que todas as opções sejam consideradas antes de tomar uma decisão.
A decisão de realizar uma histerectomia é única para cada pessoa e deve ser tomada após considerar todos os aspectos médicos, emocionais e pessoais. É fundamental buscar informações detalhadas, esclarecer dúvidas e ter um diálogo aberto com o médico para tomar uma decisão informada e alinhada com suas necessidades e desejos individuais.
A Dra. Isabela Sanches é ginecologista e obstetra e realiza a Histerectomia, com um suporte cuidadoso e acolhedor para a paciente. Entre em contato e agende sua consulta!